Nós dois sozinhos no Éter


SINOPSE: a autora de A sociedade de Atlas, um romance sensível e arrebatador sobre amar por inteiro, mesmo estando aos pedaços

Duas pessoas se encontram por acaso no Instituto de Arte de Chicago. A partir desse momento, Aldo Damiani e Charlotte Regan têm dificuldade de ficar longe um do outro.

Ele é um teórico antissocial que mantém a mente ocupada com cálculos sobre viagem no tempo e abelhas. Para Aldo, o mundo é caótico e perturbador. Então, ele constrói rotinas, regras e fórmulas. Sem isso, sua existência entraria em colapso.

Ela é uma falsificadora de arte que prefere mentiras a verdades. Para Regan, todas as pessoas são previsíveis e entediantes. Ela lida com o tédio da existência tomando decisões impulsivas, imaginando que uma nova linha do tempo é criada a cada ação.

Quando os caminhos dos dois se cruzam, eles ficam intrigados pela mente um do outro. Decidem ter apenas seis conversas, como as seis pontas de um hexágono, antes de se separarem outra vez. Porém, a colisão de suas personalidades leva a uma paixão que às vezes parece um encaixe perfeito e às vezes um desastre capaz de eliminar qualquer vestígio de estabilidade em suas vidas.

Uma leitura intensa e honesta, 0Nós dois sozinhos no éter traz uma reflexão profunda sobre vulnerabilidade, a natureza do amor e a complexidade de nos relacionarmos quando tudo dentro de nós está ruindo.



RESENHA: 


🎨Nós dois sozinhos no Éter


A história de Regan e Aldo é extremamente intensa e cheia de gatilhos, a autora descreve com maestria a mente de pessoas com transtornos de ansiedade e bipolaridade, e o vazio existencial.

🎨“Você é brilhante. Diga à sua mente para ser gentil com você hoje.”

Regan é uma falsificadora, ela está lidando com as consequências de más escolhas do passado, e Aldo é um matemático teórico antissocial com um jeito único de perceber a vida, eles acabam se encontrando por acaso e logo de cara se atraem pela mente peculiar um do outro, então eles fecham um acordo, só teriam seis conversas para descobrir o máximo de cada um.

A história é cheia de referências a física e a arte em geral, as vezes chega a ser bem confuso o jeito que a autora construiu o texto, mas logo você percebe que é a maneira que o fluxo de pensamentos dos personagens funciona.

🎨“Defeitos, pensou ela, eram só espaços vazios a serem preenchidos.”

Foi interessante acompanhar as evoluções dos personagens e suas camadas complexas, e de como a nossa mente é poderosa e consegue nos sabotar a qualquer momento.

Como falei, a história tem uma carga dramática pesada, com temas como saúde mental e relacionamentos abusivos, o que pode gerar alguns gatilhos, confesso que fiquei bem angustiada em alguns momentos.

O livro teve alguns pontos negativos para mim, como por exemplo a jeito que a autora decidiu mostrar o tratamento psicológico e psiquiátrico, e o relacionamento de Aldo e Regan que eu achei bem problematico em alguns momentos, a maior parte do tempo eu fiquei tensa achando que a qualquer momento os dois se machucariam, esperei para ver se isso mudaria, no fim, não acho que foi bem trabalhado e fiquei com a sensação de um final corrido.

🎨“Você mesma. Você sempre faz isso. Insiste que mudou, e ainda assim está aqui, cometendo os mesmos erros.”

Se você gosta de histórias dramáticas, com uma escrita poética e extremamente intensa que contempla a existência humana de todos os ângulos, Nos dois sozinhos no Éter é para você.

Nota: 2,5⭐️
Pags: 336
Recebido @intrinseca



 

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