E se a Deusa da Vida fosse a grande assassina da história?
Um castigo divino. Uma profecia de luz. Um amor condenado desde o início.
O coração de Nailah está em ruínas, assim como o mundo ao seu redor. As luas de Kapak confirmam o que ela já sabe: seu tempo está se esgotando. Como cumprir o que prometera à mãe enquanto a via morrer em seus braços? Como lutar e ser dona do seu destino se em Unyan as consequências eram mortais para as mulheres insubmissas? Como não ser condenada ao lugar amaldiçoado se tudo indicava que ela era uma infértil? Para se livrar de sina tão terrível, Nailah cederia à indecente proposta que lhe fez o nada atraente, porém carismático, Ron Blankenhein, um nobre muito fora dos padrões? E, para deixá-la ainda mais desnorteada, como obedecer aos clamores da figura sem rosto dos seus sonhos premonitórios e seguir o caminho de luz se era justamente pela voz da escuridão que seu coração batia mais forte?
Ah, sim, as divindades podiam ser imprevisíveis e... perversas! E Nailah descobriria isso em breve.
Deusa de Sangue é um romance repleto de fantasia e reviravoltas, a saga da garota guerreira que desafiou as normas dos homens, as lendas dos deuses e até mesmo a morte, sem imaginar, no entanto, que a mais terrível das batalhas seria travada dentro do seu próprio coração.
RESENHA:
Em uma sociedade distópica, onde uma batalha entre os deuses fez o mundo ser desolado por tempestades, a humanidade tenta se reerguer de uma eminente extinção, homens acabaram impondo novas leis, tirando todos os direitos das mulheres, as separando pelas cores de suas roupas e ditando seus “privilégios” pela procriação.
Nailah é uma das protagonistas mais intensas que já li nos últimos tempos, ela é impulsiva, extremamente leal, se apaixona intensamente, e tem grandes ambições, mas ela paga um preço alto por tentar viver fora das regras, a todo momento ela é subjugada por todos os homens ao seu redor, levando a cenas brutais e possíveis gatilhos nos abusos que sofre, (Fica aqui o meu alerta!)
Eu fiquei viciada no livro, li muito rápido, a sociedade criada pela autora é bem estruturada e definida, logo me senti bem ambientada, o único porém é que senti muito a falta de um mapa, Nailah percorre muitos cenários e as vezes não fica tão evidente o quão longe ela está indo.
Como falei anteriormente, os homens tomaram o poder do que restou do mundo, então eu não consegui simpatizar com nenhum dos interesses românticos da Nailah, ao meu ver todos falharam com ela em algum momento, como ela mesmo fala em um momento lindo da história, seu maior amor é a Thunder Silver Moon.
Silver Moon foi uma surpresa incrível e inesperada na história, ela é uma Égua muito estimada nessa sociedade e que é praticamente alma gêmea da nossa protagonista, sem dúvidas a conexão das duas foi meu ponto favorito do livro.
A história termina com muitos pontos em aberto, senti falta de alguns mistérios já terem solução nesse primeiro volume. O livro termina em uma cena chocante, digna de uma série de Tv.
3.9⭐️
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