Kim Jiyoung, nascida em 1982

 


SINOPSE: Com narrativa sutil e ao mesmo tempo arrebatadora, Kim Jiyoung, nascida em 1982 retrata a realidade de uma jovem coreana e os profundos impactos da desigualdade de gênero na vida das mulheres

Em um pequeno apartamento nos arredores da frenética Seul vive Kim Jiyoung. Uma millennial comum, Jiyoung largou seu emprego em uma agência de marketing para cuidar da filha recém-nascida em tempo integral ― como se espera de tantas mulheres coreanas. Mas, em pouco tempo, ela começa a apresentar sintomas estranhos, que preocupam o marido e os sogros: Jiyoung personifica vozes de outras mulheres conhecidas ― vivas e mortas. A estranheza de seu comportamento cresce na mesma proporção que a frustração do marido, que acaba aconselhando a esposa a se consultar com um psiquiatra.

Toda a sua trajetória é, então, contada ao médico. Nascida em 1982 e com o nome mais comum entre as meninas coreanas, Kim Jiyoung rapidamente se dá conta de como é desfavorecida frente ao irmão mimado. Seu comportamento sempre é vigiado e cobrado pelos homens ao seu redor: desde os professores do ensino fundamental, que impõem uniformes rígidos às meninas, até os colegas de trabalho, que instalam uma câmera escondida no banheiro feminino para postar fotos íntimas das mulheres em sites pornográficos. Aos olhos do pai, é culpa de Jiyoung que os homens a assediem; aos olhos do marido, é dever dela abandonar a carreira para cuidar da casa e da filha.

A vida dolorosamente comum de Kim Jiyoung vai contra os avanços da Coreia do Sul, uma vez que o país abandona as políticas de controle de natalidade e “planejamento familiar” ― que privilegiava o nascimento de meninos ― e aprova uma nova legislação contra a discriminação de gênero. Diante de tudo isso, será que seu psiquiatra pode curá-la ou sequer descobrir o que realmente a aflige? Best-seller internacional, Kim Jiyoung, nascida em 1982 é uma obra poderosa e contemporânea que não só atinge o âmago da individualidade feminina, como também questiona o papel da mulher em âmbito universal.





✨Kim Jiyoung, nascida em 1982

A história gira em torno de Kim Jyioung, que após largar seu emprego para se dedicar a sua filha e casa, começa a entrar em um colapso mental, onde acaba falando e se portando como outras mulheres que permeiam sua vida.

🚺“Enquanto os agressores tinham medo de perder uma pequena parte do privilégio, as vítimas corriam o risco de perder tudo.”

Embarcamos na vida dessa mulher desde sua infância em uma sociedade extremamente conservadora e machista com uma grande pressão social e julgamento, onde por mais que Kim se esforce suas escolhas sempre soam erradas para as pessoas a sua volta.

🚺“Por que eu tenho de negar a mim mesma uma coisa que quero agora para me preparar para um futuro que pode ou não chegar?”

A cada página virada temos um choque de realidade, tanto cultural quanto social, principalmente quando nos é apresentado as histórias das matriarcas das famílias durante a infância de Kim, começamos a entender bem toda a bagagem que essa personagem traz até a sua ruptura. Os homens das famílias sempre foram privilegiados (como por exemplo, ter seus estudos pagos pelas irmãs, enquanto elas mesmas não tem formação nenhuma) e Kim Jiyoung em sua infância e inocência não notava.

🚺“Tudo bem, o próximo vai ser menino.”

Conforme os anos passam a sociedade mudou um pouco e começou a incentivar mais a ambição das mulheres, porém de um jeito muito contraditório e muito confuso.

Nas primeiras 24 páginas já me sentia conectada a essas mulheres, angustiada, revoltada e triste. É uma história de onde tiramos muitos ensinamentos com uma grande carga emocional. Até a última frase desse livro é um tapa na cara.

Kim Ji-Young Born 1982 virou um filme em 2019 e gerou debates, diversos boicotes e censura na Coreia do Sul, e sabemos muito bem o porque disso!

Terminei esse livro com um sobressalto, indignada, todo mundo deveria ler Kim Jiyoung, nascida em 1982.



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